Por: Viviane Cabrera
O sol se vai
e a noite cai.
Cobre o dia de noite e sai
em busca do que mais atrai.
Vejo o céu e a lua que se esconde
os olhos se perdem sem que algo lhes assombre.
No ar, a esperança de que coisas sonde.
E o coração indaga: ONDE? ONDE?
No silêncio estrelado do breu
a expectativa de revitalizar o que adoeceu,
vai ao encontro de algo seu.
Fusão de duas vidas. Desejo meu.
E a lua esplendorosa e cheia
flutua no céu e nele vagueia.
Revela beleza que incendeia
uma alma que de desilusão às vezes falseia.
Tomando um céu inteiro
a lua plena vem com seu jeito faceiro
dar sua permissão para que o beijoqueiro
toque o mel de meus lábios desejosos de um jeito matreiro.
E quando o sol ao seu posto ameça retornar,
a noite se despede com a promessa de que há de voltar.
Há de trazer de à tona o sonho que guardado vai ficar
para no momento certo maravilhas fazer eclodir, revelar.
Vão-se embora as estrelas brilhantes.
Agora se apagam. Mas logo encantam como dantes
com suas luzes fortes e elegantes
que suscitam sensações mais que relevantes.
Que o dia lave a escuridão
e leve embora o que de resquício ainda oprime o coração.
Que reserve à noite sua volúpia e amplidão,
tornando nulo qualquer vestígio de sofreguidão.
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