Por Viviane Cabrera
De uma só feita, toquei o sol e derreti meu ser.
Plutonizei meus sonhos e objetivos.
Sem nada a dizer, respiro a pesada atmosfera de monotonia,
à qual me deixo envolver.
Anelada a saturnos imaginários,
vago, perdendo-me na poeira cósmica da Circe insaciável das minhas aspirações.
Ascendo ao vácuo,
aguardando retorno de galáxias que desconheço;
desbravando planetas sonoramente estéreis;
fixando estrelas em buracos negros...
O que resta na luminosidade veloz do meu banzo
é a ânsia de descobrir uma lua que guie minhas marés,
nas rotações translacionadas deste planeta em extinção.
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