Literária sempre. Monótona, jamais.

Devaneios de um protótipo humano na infoesfera.

sábado, 22 de maio de 2010

Desejo

por Viviane Cabrera



Desejo. Delírio juvenil congelando a razão.

Subterfúgio da insensatez camuflado de luz.

Desejo. Ardência nas profundezas das entranhas.

Conhecimento do próprio corpo no contato com o outro.



Sabe-se quando ele domina, mas não como dominá-lo.

Apenas o sugerir desperta a natureza mais violenta.

A repressão serve para aumentar a chama.

O impossível excita.



Sensações que urram sofrivelmente.

Prazer que reveste todos os poros.

Gozo, libertador de neuroses.

Religião fiel às inclinações naturais.



Interação de vales e montes epidérmicos.

Preenchimento de lacunas fixamente momentâneas.

Evolução de atos e palavras.

Proximidade entre o âmago e o público.



Ingenuidade da ânsia pelo macho.

Antagonismo envolvente e valoroso.

Luxúria maliciosamente angelical.

Desejo. Fera aprisionada num Anjo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário