Por Viviane Cabrera
Acaricia o papel, meio de expressão. Sopra as palavras, que se encaixam prontamente onde bem lhes aprouver. Admira o conjunto de sua obra... Lembra-me muito o poema de Olavo Bilac, no qual o mesmo traça um paralelo do ourives com o escritor (ou poeta). Não é qualquer coisa que se põe no papel, não! Tem de filtrar as idéias. E uma vez que encontra aquela ao qual se encaixa em nosso propósito, ainda é necessário lapidá-la.
Tornamo-nos uma espécie de observador imparcial, analisando os fatos e pessoas isoladamente (sem nenhum remorso, piedade ou complacência). Sofreguidão, ardor, entusiasmo, amor ao ofício: são estes os combustíveis. Interpretamos os fatos ao nosso modo. Contudo, isto não quer dizer que omitimos ou mesmo alteramos a verdade. Ainda que sob várias versões, a veracidade estará latente em cada sílaba impressa e expressa das almas sensíveis.
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