Literária sempre. Monótona, jamais.

Devaneios de um protótipo humano na infoesfera.

sábado, 29 de setembro de 2012

Poesia

Por: Viviane Cabrera








Há dias em que as lágrimas escorrem.
Sofridas, a pele enrugada percorrem
o rosto marcado
por força da vida, cunhado.


O sangue quente,
de ânimo duro e renitente,
aguarda dias melhores,
enquanto a razão sabe que podem ser piores.


Mas logo as mãos interrompem o choro.
Vem um entusiasmo, canto de anjos internos em coro,
que erguem os olhos ao céu
e deixam tudo o que sufocava ao léu.


É nesse momento que a poesia se apossa de mim,
faz morada nas entranhas e ama-me sem fim.
Poesia é uma forma de colorir a vida.
Poesia é o remédio que cicatriza toda a ferida.


Arte que encanta, transforma-se em dança
em que rodopiam radiantes e risonhas em movimento que não cansa
as fadas protetoras dos versos aos papéis dispensados
que jamais serão esquecidos, perdidos ou desacreditados. 


Presente ao qual brindamos constantemente,
ao qual nos doamos em amor e no que mais se sente,
poesia e vida confundem-se numa só.
E eu quero mais é confundir-me com ambas, sem nenhuma dó.

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