Literária sempre. Monótona, jamais.

Devaneios de um protótipo humano na infoesfera.

terça-feira, 15 de maio de 2012

Aos Quatro Ventos

Por: Viviane Cabrera






Vento vem levar

o que estático quer ficar.

Aquilo que flutua

entre minha minha alma nua

e o pensamento seu

vai-se indo,

subindo

contrário ao desejo ateu.


E nesse vôo ascendente

rasgando o céu e o coração tão crente,

eis que abro os braços e falo.

Digo sentenças e depois me calo.

Coisa de quem sofre sem caminho,

de quem guarda em si espinho

que não se pode retirar,

pois que com ele é que se aprendeu a amar.


Céu límpido e vasto,

cheio do anseio rebelde e casto

de um dia vir a ser

o que tempo algum deixou acontecer.

E assim sonho cá um pouquinho.

Nesse mundo cão, sou passarinho

a voar sem pensar no risco.

Voar.

Mas sempre para o ninho

voltar.

2 comentários:

  1. menina amiga do jornalismo
    a poesia veio cá me dizer
    que com ou sem perfeccionismo
    ah, você navega no escrever

    ResponderExcluir
  2. Obrigada pela gentileza, Jetro! Abraços!

    ResponderExcluir