Por: Viviane Cabrera
Vou do meu jeito,
um tanto estranho,
meio torto, meio direito
seguindo o caminho a que me proponho.
Um pouco Plath, Lispector e Meirelles,
reúno em mim
zilhões de encantadoras mulheres
em um labirinto sem fim.
Não quero, portanto,
deixar de rir meu riso,
de chorar o sagrado pranto
que lava e leva tudo consigo.
Quero dos trilhos ser caminho.
Com palavras acalentar.
Das misérias ser o extermínio,
para fixar nalgum lugar.
Quero que a acústica desse oco,
sem motivo nem resolução,
propague esse som choco
que sai ao insistir em deixar pulsar o coração.
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