POR: VIVIANE CABRERA
Ela acreditava no ser humano.
E por acreditar,
tropeçava nas pedras do caminho
sem direito à ajuda para se levantar.
Corria entre vales e colinas verdejantes.
Arrastava-se no deserto escaldante.
Buscava apenas algo que nem intuir o quê.
Ia além de seus limites sem nem mesmo saber ou compreender.
Às cegas, sentindo as experiências
que a própria vivência
lhe proporcionava
e ela nem notava.
Até que em uma tempestade,
o mau-tempo virou maldade,
ferindo a andarilha
e tirando-a da trilha
que nunca deveras ter saído,
pois jurou e havia prometido
concretizar o maior feito de sua vida.
Nada mais era que uma saída.
Ser a mesma em qualquer lugar,
jamais traí-la e sempre a amar.
Afinal, não há morada melhor,
além dos caminhos que sabe de cor,
que fazer de nós mesmos o mais perfeito lar.
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