Por: Viviane Cabrera
Em minhas mãos estão as horas,
escorrendo entre os dedos, gota a gota, vão-se embora
levando consigo um pouco do brilho que havia no olhar.
Deixando apenas uma vaga sensação de que tudo há de passar.
Escorre e corre
numa velocidade tão sua onde recorre
ao metafísico momento
de esvaziar e purificar os mais diversos pensamentos.
Na queda até o chão,
o tempo que escoa da mão,
prova ao ser humano
a impossibilidade do querer insano
de controlar o que lhe é alheio,
para que este aprenda a lidar com seu anseio.
E nos pingos que finalizam o processo
de um círculo vicioso e regresso,
o relógio completa sua volta
onde a vida logo nos aperta e solta
divertindo-se às custas desses meros mortais
que querem somente ser feliz e nada mais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário