Literária sempre. Monótona, jamais.

Devaneios de um protótipo humano na infoesfera.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Tempo


Por: Viviane Cabrera





Em minhas mãos estão as horas,
escorrendo entre os dedos, gota a gota, vão-se embora
levando consigo um pouco do brilho que havia no olhar.
Deixando apenas uma vaga sensação de que tudo há de passar.

Escorre e corre 
numa velocidade tão sua onde recorre
ao metafísico momento
de esvaziar e purificar os mais diversos pensamentos.

Na queda até o chão,
o tempo que escoa da mão,
prova ao ser humano
a impossibilidade do querer insano
de controlar o que lhe é alheio,
para que este aprenda a lidar com seu anseio.

E nos pingos que finalizam o processo
de um círculo vicioso e regresso,
o relógio completa sua volta
onde a vida logo nos aperta e solta
divertindo-se às custas desses meros mortais
que querem somente ser feliz e nada mais.






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