Literária sempre. Monótona, jamais.

Devaneios de um protótipo humano na infoesfera.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Um Pouco Do Meu Muito



Por: Viviane Cabrera


Verdadeiro contraste de introspecção e volúpia. É um deixar-se levar pelos caminhos do Acaso, mas com suas próprias pernas rumar ao lado que se queira. Viver é um eterno retorno ao passado. Afinal, hoje é a superação do ontem e a base do amanhã. Quero solidez para construir uma estrutura definitiva. De todas as formas possíveis, procuro fazer o meu melhor. Não sei se é o bastante. No entanto, é o que tenho a oferecer.

Quem olhar através de mim saberá. A essência se sobrepõe ao que é aparente, tornando-me um tanto excêntrica a certa medida. Sustentam meu esqueleto a verdade e o sentimento. Sou o que escrevo. Entre sílabas e palavras, frases e parágrafos. Em cada um de meus textos, ali estou eu. Entrego-me sem reservas ao lápis e papel. Enfrento até mesmo a terrível tela branca do word com a espada desembanhada da criatividade.

Sou mulher de pimenta e açúcar. Se a pimenta não lhe aprouver, tampouco o açúcar servirá. Não escolha as cores para retratar-me sendo que não conhece as verdadeiras nuances do meu ser. Com um jeito um tanto desastrado, tropeço em situações que rendem histórias. Fazer o quê? A existência é uma loucura e estamos aqui para dar a cara à tapa, mesmo!

Por mais que tenha vivenciado experiências nada agradáveis, mantenho minha postura. Creio na vida, no ser humano. Tenho esperança de dias melhores. No entanto, essa sonhadora que acredita em contos de fadas, atrapalha o pragmatismo que se deveria ter. Num compasso desleixado, caminho na rua escura. Não tenho medo. Só quero dar os passos segundo a direção que meu coração quiser. Quem é muito racional, chega a robotizar-se pelo controle que faz de si mesmo e perde a sensibilidade. Chamem de irracionalidade! Mas na equalização do meu ser, sou mais emoção do que razão. Por acaso é crime? Se a resposta é positiva, já estou enquadrada...

Saio por aí. Sentir a brisa indo de encontro ao meu rosto, meu corpo, minha alma... Sensação que refresca meu âmago e alivia um pouco de tudo isso que não dou conta e que se chama EU...